02/05/2008 - 13h49 da Redação em São Paulo 
A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) começou os negócios desta sexta-feira em forte alta e em novo patamar histórico, após ter subido 6,3% na sessão anterior com recorde de 67.868 pontos.
Às 13h45, o Ibovespa, principal indicador de referência das ações brasileiras, avançava 1,96%, a 69.201 pontos (acompanhe gráfico da Bolsa com atualização constante). Mais cedo, logo após a abertura do pregão, a Bolsa chegou a ultrapassar os 70 mil pontos. O dólar comercial tinha queda mais acentuada de 1,02%, cotado a R$ 1,646 para venda (veja quadro com o câmbio atualizado).
O último pregão foi marcado por intensa euforia dos investidores em virtude do título de grau de investimento concedido pela agência de notas de crédito Standard & Poor´s. Segundo a instituição, o Brasil mereceu este prêmio em virtude do amadurecimento de suas políticas públicas, que resultou na diminuição da carga da dívida externa e interna e melhorou a tendência de crescimento econômico.
Os investidores também precisarão se ajustar aos movimentos dos mercados externos, que operaram normalmente na quinta-feira, dia em que a Bovespa esteve fechada por conta do feriado do Dia do Trabalho.
A alta da Bovespa também decorre de um movimento de ajuste em relação à forte alta das ADRs brasileiras na véspera, resultado do da obtenção do grau de investimento pelo país.
"Esse ritmo de alta da bolsa repercute todos esses fatores, mas o que precisamos notar é por quanto tempo isso vai durar. É um ritmo muito forte para ser mantido por muito tempo", disse Luiz Roberto Monteiro, assessor de investimentos da corretora Souza Barros.
Ele acrescentou que o país "tem que continuar fazendo a lição de casa", ou seja, diminuir o déficit público, cortar gastos, enfim, criar condições para que o otimismo gerado pelo grau de investimento não seja apenas momentâneo.
Indicadores
Na agenda do dia , destaque para os dados sobre o mercado de trabalho dos Estados Unidos. O Departamento de Trabalho anunciou o fechamento de 20 mil empregos em abril, número bastante inferior aos 80 mil previstos anteriormente por economistas. A taxa de desemprego, por sua vez, caiu de 5,1% para 5%, aquém dos 5,2% estimados.
Na agenda interna, o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior apresenta o saldo da balança comercial em abril. A previsão é de resultado positivo em US$ 2,5 bilhões. 
No âmbito corporativo, atenção para os balanços da petrolífera Chevron e da Telemar.
 
 
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